As observações foram feitas com base na Resolução N° 495, de 2014, como também na de 2011
Durante o mês de junho, o Observatório Social de Brusque e Região (OSBr) realizou análises de oito pontos que têm travessias elevadas em Brusque. O motivo dos diagnósticos é devido às reclamações que a entidade já recebeu pelo tamanho das travessias que, supostamente, seriam errôneas, sem seguir um só padrão.
Além disso, também foram registrados acidentes, mesmo que não graves, devido à grande inclinação da rampa de acesso de algumas dessas passagens elevadas.
Os passos tomados pelo OSBr foram elaborados a partir dos padrões e critérios para a instalação de faixas elevadas instituídas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada na Resolução N° 495, de 5 de junho de 2014.
ANÁLISE
As faixas elevadas escolhidas para que fossem analisadas foram: a segunda travessia da Rua Azambuja, sentido Centro/bairro. A Rua Itajaí, na segunda travessia indo para o município vizinho. No bairro Limeira, em frente à Escola de Educação Básica Alberto Pretti. Na Rua São Pedro, em frente ao Amarildo Automóveis. Na Avenida Santos Dumont, indo para Itajaí, em frente à Igreja Católica. Rua General Osório, no bairro Guarani. Na Avenida 1º de Maio e na Rua São Pedro, em Guabiruba.
Ao realizar a análise geral, uma das principais dificuldades em que os observadores encontraram foi na medição, tanto das plataformas, quanto das rampas e das alturas das travessias. Os dados podem ser incertos e sujeitos a erros.
Para a análise é necessário considerar que a resolução foi atualizada há cerca de um mês e que das travessias avaliadas, muitas são antigas, com tempo de construção de, pelo menos, dois anos, o que faz com que elas façam parte da resolução de 2011.
LEVANTAMENTO DE DADOS IN LOCO
Para o levantamento In Loco foi realizado um check-list, onde se anotou a conformidade ou inconformidade das travessias com relação às exigências do CONTRAN conforme tabela anexa. No total foram oito locais observados:
• Largura da Faixa: Das oito travessias observadas, duas delas teve-se muita dificuldade na retirada das medidas devido ao grande abaulamento da passagem. Apesar disso, todas as demais atenderam as medidas mínimas (4m) e máximas (7m) exigidas;
• Rampa de Acesso: Segundo a resolução do CONTRAN de 2014, todas as travessias elevadas estão irregular devido à alta porcentagem de inclinação (aceitável 5 a 10%). Porém, tendo em vista que esta resolução é muito recente e para fazer uma análise mais aproximada ao período em que elas foram instaladas, foi necessário utilizar a resolução de 2011, a qual especifica uma inclinação de 12% a 18%, mas mesmo assim algumas amostras tiveram uma porcentagem de inclinação acima do permitido. As travessias mais irregulares foram a da Avenida Santos Dumont, com uma inclinação de aproximadamente 24%, e principalmente a localizada na Rua São Pedro (Guabiruba) em frente ao posto de saúde. Esta última, aparentemente, apresenta uma inclinação de 22%, porém, no momento de decida da rampa foi constatada a patologia “Afundamento ao Longo de Trilha de Roda”, a qual aumenta significativamente a inclinação da rampa, fazendo com que os carros batam com o fundo do veículo na pista e trazendo instabilidade aos motoqueiros, por exemplo, que ali trafegam.
• Pavimento: Todas as ruas com travessia elevada atendem a exigência de pista pavimentada, sendo ela por asfalto ou por paralelepípedo;
• Altura entre faixa e calçada: Praticamente todas as travessias elevadas atendiam este quesito, sendo que a travessia da Rua São Pedro (Guabiruba), em um dos lados, estava em desconformidade e a travessia localizada na Limeira antes da Rua da Escola Alberto Pretti estava totalmente em desconformidade devido à própria calçada estar na altura da pista de rodagem de veículos;
• Existência de Calçada: Todas as travessias apresentaram calçadas, porém a travessia da Limeira chamou a atenção dos observadores pelo fato de não possuir calçada pavimentada em um dos lados;
• Demarcação da Subida da Rampa: Fazendo uma relação com as exigências do CONTRAN de 2011, apesar de muitas delas estarem deformadas ou gastas pelo tráfego intenso, todas as travessias apresentaram as demarcações adequadas. Porém, tendo em vista a resolução atual de 2014, as travessias elevadas precisam ser adaptadas com as demarcações na cor amarela;
• Demarcação da Faixa de Pedestres: Todas as travessias elevadas estão em conformidade com as exigências do CONTRAN, sendo que em alguns pontos é necessária apenas uma revitalização da pintura;
• Placa de Velocidade Máxima: Todas as travessias atenderam esta exigência, sendo que a sinalização de velocidade máxima permitida é de 40 km/h;
• Sinalização de Pedestres: Todas as travessias apresentaram a sinalização de pedestres;
• Piso Tátil de Alerta: Nenhuma travessia elevada apresentou o piso tátil de alerta devido às calçadas ainda serem antigas, quando não havia a exigência de adequação para deficientes visuais;
• Iluminação Pública: Todas as travessias apresentaram a iluminação pública corretamente;
• Drenagem da Pista: todas as drenagens estão executadas.