“O câncer de mama é a segunda doença mais comum entre mulheres, representando 29% das doenças que afetam as brasileiras.” Instituto Nacional de Câncer (INCA)
É em decorrência de dados como este que a campanha Outubro Rosa atua para garantir um período de conscientização e promoção à prevenção da doença. Como entidade que apoia essa causa, o Observatório Social reuniu algumas informações sobre a doença no Brasil e na região para promover sua prevenção.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2019 são estimados 59.700 novos diagnósticos de câncer de mama no Brasil.
Por mais que a conscientização no âmbito nacional e internacional tenha crescido nos últimos anos, muitas mulheres ainda têm medo de procurar um médico para fazer o exame e, ao retardá-lo, perdem um tempo de tratamento precioso. Segundo o Instituto Oncoguia – ONG fundada em 2009 direcionada para garantir a qualidade de vida de pacientes de câncer –, o diagnóstico precoce garante 95% de chance de cura dos pacientes.
Por essa razão, é indicado que as mulheres realizem o autoexame periodicamente para a identificação prematura de nódulos e realização do devido tratamento. Entretanto, é importante ressaltar que o autoexame não substitui àquele realizado em clínicas, por profissionais da área. O exame profissional deve ser realizado anualmente, mesmo que no exame de toque não seja encontrada nenhuma anomalia.
Em geral, o câncer atinge as mulheres depois dos 35 anos, mas existem casos da doença antes dessa idade. Após os 50 anos, a possibilidade de ter a doença é ainda mais forte. Em casos em que a mãe, irmã ou filha tiveram o câncer antes dos 50 anos, o risco de surgimento da doença é maior.
É importante ressaltar, ainda na discussão, a ocorrência dos casos de câncer de mama em pacientes masculinos. Apesar de pequenas, as chances da presença de tumores de mama malignos em homens existem e ainda são pouco abordadas no mês de conscientização. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) em 2017, dos 16.927 óbitos registrados pela referida neoplasia, 16.724 foram em mulheres e 203 homens. Isto representa pouco mais de 1% dos óbitos da doença.
Segundo o INCA, em Santa Catarina a taxa bruta estimada de casos da doença era de 2.190 em 2019. O gráfico abaixo apresenta as principais neoplasias malignas entre homens e mulheres e a estimativa de seus respectivos números de incidência no Estado e na capital.
*Valores por 100 mil habitantes
(Instituto Nacional de Câncer, 2019)
Merece destaque:
Ainda nesta questão de conscientização, o câncer de colo de útero, apesar de menos mencionado no Outubro Rosa, é um assunto igualmente importante na campanha. A doença é causada pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), doença genital frequente e normalmente não causadora de doenças. Porém em alguns casos podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Essas alterações podem ser descobertas facilmente com o exame preventivo (o Papanicolau), podendo ser facilmente curável se detectada precocemente.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais comum na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foram contabilizadas 6.385 mortes devido à doença em 2017.
Combate ao câncer na região:
A Rede Feminina de Combate ao Câncer, em Brusque, atua na prevenção e conscientização da doença. A entidade realiza em média 20 exames preventivos de colo de útero diariamente e faz atendimento fisioterapêutico para as pacientes mastectomizadas que possuem indicação médica para fisioterapia, atuando especificamente no Linfedema de Membro Superior. Possuem também um Grupo de Apoio coordenado por 10 Voluntárias todas as segundas-feiras atendendo 81 pacientes com Câncer de Mama e Colo de Útero. Para conhecer mais sobre a atuação da rede acesse o site: http://www.redefemininabrusque.com.br/site/index.php
Para mais informações sobre os direitos de pacientes de câncer, o site da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Catarina também possui informações e cartilhas que divulgam os direitos dos pacientes de câncer. Para ler a cartilha, acesse: http://www.redefemininasc.com.br/direitos_dos_pacientes.