Atualizado: 23 de jul. de 2019
Os custos da Copa do Mundo 2014, que ocorreu no Brasil, alcançaram, até o momento, 23,45 bilhões. O valor pode aumentar, pois várias obras ainda não foram concluídas, além disso, o número corresponde aos recursos efetivamente contratados até o momento, não à previsão.
Segundo informações do portal Universo Online (Uol), o dinheiro para essas ações veio em parte de orçamento direto de governos federal, estaduais e municipais, de empréstimos de bancos federais e de empresas concessionárias.
Estádios
Na maior parte dos casos, os estádios estão sendo pagos por recursos de governos estaduais, como também municipais. Além disso, empresas concessionárias e os clubes, quando as arenas são privadas. Em Curitiba e São Paulo, a prefeitura contribuiu – no primeiro caso, com recursos do orçamento, e no segundo, com incentivos fiscais, conforme mostra a tabela abaixo.
O governo federal contribuiu indiretamente para a construção dos estádios. Por meio de bancos públicos, financiou 11 das 12 arenas, cobrando taxas de juros menores que a do mercado. Uma forma de medir a contribuição federal, nesses casos, é calculando a diferença entre quanto os bancos públicos receberão de juros e quanto eles poderiam receber se cobrassem uma taxa de mercado.
Aeroportos
Das 12 cidades-sede, a única que não teve seu aeroporto reformado para a Copa foi Recife. Nas demais, as obras somaram 8,2 bilhões e foram pagas, em sua maioria, pela Infraero. Em São Paulo (Guarulhos e Viracopos) e Brasília, a concessionária ficou responsável pela maior parte.
A reforma do Aeroporto Internacional de Guarulhos foi a obra mais cara da Copa. Até a última atualização dos dados, os recursos contratados somaram R$ 2,3 bilhões e a ação estava 93% concluída. A responsável pela maior parte das ações foi a empresa concessionária, que contribuiu com R$ 2,1 bilhões. Os outros R$ 170 milhões saíram da estatal Infraero. Ainda no Estado de São Paulo, a concessionária do Aeroporto de Viracopos desembolsou R$ 2,1 bilhões para ampliação e manutenção. A obra está 90% concluída.
O Aeroporto Internacional de Brasília recebeu a terceira maior intervenção, de R$ 1,13 bilhões. A concessionária desembolsou R$ 1,1 bilhão para ampliação das instalações, enquanto a Infraero gastou R$ 18,7 milhões e concluiu 84% da obra (não foi informado ainda o percentual de execução física da parte que cabe à empresa privada).
Em outras nove cidades-sede, as reformas de aeroportos somaram R$ 2,7 bilhões e ficaram sob-responsabilidade da Infraero. Recife foi a única cujo aeroporto não foi reformado para a Copa.
Foto: Itaquerão – Estadão