De acordo com matéria publicada pelo Jornal Município, nesta última votação no município de Brusque, cerca de 15% dos eleitores não compareceram às urnas , sendo que, dos que compareceram, 14% anularam seus votos ou votaram em branco. Essa média também se manteve a nível nacional.
Esses números retratam nossa triste realidade de descrença na classe política. A imagem do político, que nunca foi das melhores, se torna pior a cada dia. O povo está saturado de tanta picaretagem ao ponto de abrir mão do voto.
O que já foi bandeira da ideologia anarquista de Proudhon, que entendia o votar nulo como protesto em favor da própria liberdade, que não necessitava de um líder, hoje se tornou cansaço e descrença social nas entidades políticas.
Porém, atualmente, votar nulo não muda nada pra melhor, pelo contrário, muda pra pior. Se as pessoas conscientes e informadas optarem por não fazerem escolhas, cidadãos não tão bem esclarecidos as farão. Sendo assim, não é nada inteligente. Além do mais, se pôr numa redoma enquanto a tempestade acontece, não impede que seus efeitos destrutivos ocorram.
Anular o voto se mostra uma atitude alienada de quem não se importa com o futuro da nação, e pior, demonstra a preguiça de um povo em buscar informações sobre os candidatos. Numa era digital, em que todo tipo de informação é facilmente encontrada, não há motivo para não fazer escolhas. Aliás, há, chama-se descaso.
Já dizia Platão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.
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