Se antes as eleições municipais eram sinônimo de ruas lotadas de propagandas, agora os candidatos e coligações contam com uma ferramenta para dar ainda mais visibilidade e possibilitar maior interação com eleitor: a internet. O recurso não é assim tão recente, mas a cada novo pleito a atuação virtual aumenta.
Em Brusque, assim como em todo Brasil, diariamente os candidatos, coligações e partidários inundam as redes sociais como o Facebook e o microblog Twitter com informações, propostas, respostas a critícas e todo tipo de conteúdo que possa conquistar votos.
Mas se para o candidato a internet é interessante, para o eleitor pode ser ainda mais. Como a internet é um espaço democrático e cada vez mais explorado, é importante utilizá-lo para exercer a cidadania, conhecendo propostas e observando a conduta dos que pretendem administrar o município. Caso essa relação virtual não aconteça de forma adequada, o cidadão pode e deve denunciar, pois ele está protegido de possíveis abusos.
Essa pelo menos é a ideia da resolução nº 23.370 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criada com o objetivo de regulamentar as condutas lícitas e ilícitas durante a campanha das eleições 2012, com espaço também para regulamentar a internet.
A resolução diz que a propaganda online pode ser feita nas páginas oficiais dos candidatos, blogs e redes sociais, desde que o conteúdo seja feito pelo próprio candidato ou responsáveis pela campanha, qualquer tipo de propaganda paga é proibida. Isso inclui e-mails e recados diretos em redes sociais para pessoas que não autorizaram seu recebimento.
Em casos em que o recebimento de e-mails for consentido, mas o usuário não quiser mais receber, o candidato precisa oferecer mecanismo que faça o descadastramento em no máximo 48 horas.
Para a consultora de marketing digital, Camila Renaux Zadrozny, as redes sociais podem ser uma oportunidade para o eleitor conhecer a conduta dos candidatos. “Eleitores com questionamentos em redes sociais precisam ser ouvidos, respondidos rapidamente e com clareza. Falar sobre política e não sobre eleição, explicar linhas de atuação, ouvir o eleitor e estabelecer vínculos e engajamento.”, diz.
Mas avisa, o que poderia ser um espaço de discussão de ideias, pode se tornar um problema para o candidato que usar as redes sociais sem critério. “Falar mais do que ouvir, ignorar perguntas e dúvidas, ser pouco transparente, não respeitar as diretrizes do Marketing de Permissão (optar ou não por receber conteúdo) e tratar as redes como propaganda pura, fazendo dos perfis meros “santinhos digitais” são erros que nenhum eleitor que ver.”